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RJ é o estado que ‘mais separa’ casais, seja por morte ou divórcio

RJ é o estado que ‘mais separa’ casais, seja por morte ou divórcio O Rio de Janeiro é o estado brasileiro com o maior percentual de pessoas que já viver...

RJ é o estado que ‘mais separa’ casais, seja por morte ou divórcio
RJ é o estado que ‘mais separa’ casais, seja por morte ou divórcio (Foto: Reprodução)

RJ é o estado que ‘mais separa’ casais, seja por morte ou divórcio O Rio de Janeiro é o estado brasileiro com o maior percentual de pessoas que já viveram em uma união conjugal, mas não vivem mais, segundo o recorte do Censo 2022 divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, 21,4% dos fluminenses estão nessa condição — o índice mais alto do país, à frente da Bahia (20,4%) e de Sergipe (20,1%). MAPA: Veja o percentual de pessoas que vivem ou não em união conjugal A pesquisadora Izabel Marri, do IBGE Reprodução/TV Globo Para o IBGE, o resultado reflete tanto o envelhecimento populacional quanto mudanças de comportamento nas relações. “Há uma maior aceitação das dissoluções e um envelhecimento populacional. A população mais madura tem maior probabilidade de já ter passado por uma união e já tê-la desfeito”, explicou a pesquisadora Izabel Marri. O levantamento mostra ainda que o Rio lidera no Sudeste em número de uniões consensuais — aquelas que incluem uniões estáveis registradas ou não em cartório. Elas representam 38,5% das relações no estado, proporção próxima à dos casamentos civis e religiosos (39,6%). “Há um custo associado à realização de casamentos no civil ou no religioso, e isso pode ter impacto nessa redução. Além disso, há uma maior aceitação das uniões consensuais”, avaliou Izabel Marri. Separado há 5 anos, o professor Leandro Magno assumiu uma união estável com a companheira Patrícia e diz que o compromisso é o mesmo de um casamento formal. “Respeito acima de tudo, compromisso como se fosse mesmo casado no papel. A gente faz o que pode para ficar com quem a gente ama”, contou. Além das mudanças nas formas de união, o Censo também aponta transformações na estrutura familiar. No Rio, 16% dos lares são chefiados por mulheres sem cônjuge, e mais de 2 milhões de mulheres são consideradas responsáveis pelo domicílio. As famílias também estão mais diversas. O estado aparece como o segundo com maior número de casais do mesmo sexo no país — mais de 107 mil pessoas vivem esse tipo de união, atrás apenas de São Paulo, com 364,3 mil. “Embora ainda seja um percentual pequeno da população total, aumentou quase 8 vezes o número de casais homoafetivos captados pelo Censo. É um ganho importante de liberdade e reconhecimento de direitos”, disse a pesquisadora do IBGE. O criador de conteúdo Patrick Campello, que vive há 12 anos em união estável com o marido, Alan, e tem 2 filhos, reforça a importância da representatividade. “Existem várias configurações familiares, e todas têm que ser respeitadas. Quanto mais diversas forem as famílias, melhor”, afirmou.