MPRJ pede nova prisão de Marcinho VP, My Thor e Claudinho da Mineira para evitar que chefes do CV sejam soltos; entenda
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu à Justiça uma nova prisão preventiva de três chefes da facção Comando Vermelho — Márcio...
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu à Justiça uma nova prisão preventiva de três chefes da facção Comando Vermelho — Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP; Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor; e Cláudio José de Souza Fontarigo, o Claudinho da Mineira — por supostamente adotarem manobras para atrasar um processo por homicídio que tramita há quase 23 anos. O pedido foi apresentado pelo Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GAEJURI) e será analisado pelo juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital. Segundo o Ministério Público, embora os três já cumpram pena por outros crimes, o processo em questão não avança por causa de estratégias consideradas protelatórias. “Embora atualmente custodiados em razão de outros processos criminais, é certo que eventual revogação ou término dessas prisões resultaria na imediata colocação dos réus em liberdade, o que representaria risco concreto à sociedade, diante da comprovada permanência de suas influências e atuações no comando da facção criminosa”, destaca o documento. Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, atualmente cumpre pena por tráfico na Penitenciária Federal de Mossoró Divulgação/Defesa do preso De acordo com o MPRJ, os réus teriam recorrido a táticas como a desistência de advogados às vésperas do julgamento e a entrega de grandes volumes de documentos no fim do prazo — prática conhecida como document dumping —, com o objetivo de impedir a realização do júri. LEIA TAMBÉM Justiça autoriza transferência de 7 traficantes do CV do RJ para presídios federais O órgão afirma que as manobras buscam “obstruir a Justiça e assegurar a liberdade de Marcinho VP”, que deve atingir o tempo máximo de reclusão previsto em lei em 2026, após 30 anos de prisão. Ainda segundo o Ministério Público, mesmo detidos, os acusados seguem exercendo influência sobre o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas dentro e fora das penitenciárias. Em documento encaminhado à Justiça, o GAEJURI argumenta que a nova prisão é necessária para garantir a ordem pública: O caso será analisado pelo Tribunal do Júri da Capital, responsável pelos crimes dolosos contra a vida. Traficante My Thor foi preso em 2007 e voltou em março para o sistema prisional do Rio Reprodução/Arquivo Pessoal Veja os vídeos que estão em alta no g1